segunda-feira, 11 de março de 2013

A solidão sob a sombra do castelo

      Assim penso que é a raiz de toda solidão. Ela está pairando sobre momentos antigos, lembranças que se enraizaram, remorsos que não têm fim. E aquela solidão profunda, aquela que, aparentemente não tem fim, certamente está abaixo da sombra do castelo. Essa se esconde de seu criador, minando a vida existente nele. Como combatê-la?
     Para os baús mais antigos, nada melhor do que fazer a velha varredura, retirando todas as lembranças antigas, buscando onde elas se perderam, em que ponto de sua vida instalou-se e ressignificar esse momento. O processo de ressignificação não ocorre de uma hora pra outra. É gradual e vem com a maturidade, seja ela em que idade vier. Às vezes amadurecemos em um anglo da vida e somos imaturos em outra.  

      Segundo Fernando Pessoa "Enquanto não atravessamos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um."